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terça-feira, 7 de outubro de 2025

O Olhar Misterioso Do Flamingo (2025) - Faroeste trans sob uma lente cis

O Olhar Misterioso do Flamingo | Imovision

Fazer um faroeste é difícil. Agora fazer um faroeste queer durante a crise da AIDS é ambicioso. Na verdade, podemos dizer que O Olhar Misterioso do Flamingo (La misteriosa mirada del flamenco, no original), não é um faroeste à moda antiga,  mas sim um neo-western. Ou seja, é uma narrativa que tem a estrutura e códigos do gênero desconstruídos e/ou atualizados para mais próximo do contemporâneo. 

O filme é dirigido por Diego Céspedes e foi lançado na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes desse ano, obtendo o prêmio principal, e é o representante do Chile para tentar uma vaga de Melhor Filme Internacional no Oscar do ano que vem.

A ação se passa nos anos 80, em uma vila de mineradores, no deserto do norte do Chile. Um local árido e maciçamente ocupado pelos homens que trabalham nas minas. Nossa protagonista é Lídia (Tamara Cortés), uma garota de 11 anos, bem moleca, e vive com sua amorosa família, composta de mulheres travestis. São elas que ocupam o espaço da feminilidade da trama, ao longo da trama. Essa família é um clã que cuida do bar local (ou seja, o salloon daquela vila) e elas são lideradas pela matriarca Boa (Paula Dinamarca), que também é conhecida como Mama Jiboia. Lídia é filha adotiva de Flamingo (Matías Catalán), uma performer nesse bar e, no momento, está passando por uma doença então desconhecida. 

Apesar dessas mulheres terem a sua função social, elas não são bem quistas por uma grande parte da população local, que evitam olhá-las diretamente nos olhos, em específico. A situação muda quando, uma noite, um homem alega que foi infectado pelo olhar de Flamingo e, mais tarde na mesma noite, um crime acontece na comunidade. Estes acontecimentos vão causar um novo atrito entre o clã de travestis e os homens da vila em que eles decidem então controlar os corpos das mulheres, como um meio de não se infectarem.

A obra se destaca pela representação trans, com personagens vívidas e com suas complexidades. Quando o filme enfoca em sua dinâmica e no cotidiano dessas personagens, ganha uma dimensão bastante rica. E dentre esse grupo de personagens, tenho que destacar aqui a atuação da Paula Dinamarca como Jiboia, principalmente na segunda metade da narrativa. Também vale ressaltar o vínculo criado pelas atuações de Cortés e Catalán, Lídia e Flamingo respectivamente, pois há uma sinergia entre elas denotada de carinho e respeito mútuo. A garota não é só a filha da vedete, mas, de certa forma, também é retratada pelo longa como a protetora de sua mãe.

Também há questão da AIDS que está intrinsecamente ligado com os mitos e crendices locais. O olhar neste caso é a metáfora para o sexo desprotegido. O ato de fitar longamente seus olhos em alguém é tão íntimo quanto despir-se para alguém. Essa informação deixa Lídia curiosa e ela tenta descobrir os motivos por trás dessa "lenda". Enquanto isso, vemos a evolução do embate entre os homens locais e as mulheres trans se desenvolver com contornos interessantes em um jogo de poder e amor entre as partes envolvidas; já que Jiboia consegue o fascínio e o respeito com um homem influente da comunidade.

No entanto, ao tentar balancear as dores e as delícias da vida, o filme comete erros crassos de tom, principalmente em uma parte específica que envolve um assassinato de uma travesti do clã. Além disso, há um subtrama de vingança por tal barbárie, o que seria uma batida clássica de narrativas de faroeste, que é deixado de lado em prol de uma "mensagem maior". Ao sair da sessão do filme, completamente enebriado e alienado, me deparei uma questão que transpassa o filme e boa parte da representação transgênero no cinema atual: este filme é para qual público, trans ou cisgênero?  

Por mais que o filme tenha personagens trans bem desenvolvidas, a sensibilidade do filme recaí sobre uma lógica ligada a sensibilidade cis, que precisa se comover com a situação daquelas mulheres e em um recorte específico de tempo em que muitas delas começam a perecer por causa da epidemia da AIDS. O público trans, inerentemente, sabe que esse período dizimou muitas de suas ancestrais e tem o direito de recontar essas experiências de vida com sensibilidade. 

A direção de Céspedes peca justamente neste quesito. O choque da violência fica pelo choque, no trauma em que uma situação dessas possa acarretar na vida de uma garota cis que está saindo da infância e entrando na adolescência. Parece que roteiro pesa tanto de um lado que precisa compensar de outro, ao contrapor a violência da narrativa com momentos mais leves, porém o clima continua pesado. É um filme feito milimetricamente para fazer o seu público-alvo chorar às custas de um sofrimento real. 

Apesar de sua beleza e qualidades, a obra, em suma, apresenta um tom inconsistente em prol que uma catarse manipulativa. A sensação que fica é que o espectador saia da sessão com um gosto agridoce, um pouco mais azedo do que doce, mas confuso com seus próprios sentimentos em relação com o rumo da narrativa. Uma dismorfia emocional.

*Esta crítica faz parte da cobertura do 27o Festival do Rio, realizado em 2025.

Autor:
                                  

Eduardo Cardoso é natural do Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa. Cardoso é graduado em Letras pela Universidade Federal Fluminense e mestre em Estudos de Linguagem na mesma instituição, ao investigar a relação entre a tragédia clássica com a filmografia de Yorgos Lanthimos. Também é escritor, tradutor e realizador queer. Durante a pandemia, trabalhou no projeto pessoal de tradução poética intitulado "Traduzindo Poesia Vozes Queer", com divulgação nas minhas redes sociais. E dirigiu, em 2025, seu primeiro curta-metragem, intitulado "atopos". Além disso, é viciado no letterboxd.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Corpo Presente – Expressão e Liberdade dos mais Subjetivos Corpos

Corpo Presente | Embaúba Filmes


O cineasta veterano Leonardo Barcelos, resolveu embarcar, desta vez, na direção de outro documentário bastante experimental. O produtor apresenta “Corpo Presente”, filme com um tom bastante conceitual, que dialoga com as questões e pluralidades que nossos corpos podem representar na sociedade. Narrado e protagonizado pela atriz Ludmilla Ramalho, mas também com narrações de depoimentos citados em paralelo por alguns expoentes sociais brasileiros como Suely Rolnik, Ailton Krenak e Erika Hilton. O documentário é dividido em cinco atos, são eles: a pele, o outro, a natureza, as marcas e a expansão. E é a partir de cada um deles que destrincharei esse texto.

Ato 1 – A pele

“Busco saídas pra não ser devorada no meio da cartografia que desenho”, Ludmilla comenta. Nesse primeiro momento é possível perceber que a narradora expõe sobre as problemáticas das cobranças que a sociedade impõe aos nossos corpos, principalmente no que tange o feminino. Em um uma determinada cena, há uma personagem inteiramente coberta com uma espécie de algodão enquanto outro personagem vai retaliando e moldando a forma desta camada branca. Isso nos traz para um lugar onde analisamos sobre como temos sempre padrões de beleza inalcancáveis e muitas vezes tentamos nos moldar para chegar nesses parâmetros. Nossa matéria física é constantemente inferida e julgada; nossos aspectos são reduzidos, quando, na verdade, simplesmente refletem a singularidade e a diversidade de quem somos como pessoa.

Ato 2 – O outro

“É só através do outro que posso existir? Estou preso nessa imagem que fazem de mim e eles também? O mesmo processo.”

Nesse ponto a personagem se questiona como os outros são muitas vezes nossos espelhos e nos identificamos a partir de outros corpos. No início do documentário, há um plano de uma cena bem dirigida fotograficamente com um espelho numa praia de costas para o mar, como se nós, espectadores, estivéssemos nos olhando nesse objeto. Entretanto, não há reflexo de ninguém, apenas das ondas no mar desaguando na baía. Essas alegorias tanto do espelho quanto do mar interrelacionam com os reflexos que temos como ser humano e como o mar representa as infinitas possibilidades que podemos nos enxergar de si mesmo, mas também no outro. A busca pela nossa identidade é contínua, seja nos modos de nos expressarmos, como no modo de agir,vestir, andar, falar, gesticular, etc.

Nossos comportamentos e influências, muitas vezes, são pautados pelo outro, mas até onde vai esses limites de comparação? É possível sermos nós mesmos sem estarmos o tempo todo nos olhando a partir da percepção do “outro”? Sendo que provavelmente o “outro” também pode estar seguindo o mesmo padrão. São questões que precisamos repensar como indivíduos e discernir até que ponto devemos nos deixar ser enxergados por outras pessoas e por opiniões que não nos cabem, nosso corpo é apenas uma estrutura física de quem somos. Nossos pensamentos, ideias e personalidades também fazem parte do nosso corpo, é preciso levar em conta esses fatores e não nos limitarmos em relação ao interlocutor.

Ato 3 – A natureza

“A mulher é a matéria, o homem é o verbo. O homem é uma ideia e a mulher um barro que deve ser moldada”

Neste ato, a protagonista discute sobre a visão da mulher em relação ao homem, abordando sobre o viés machista e misógino que a sociedade vive. O homem, na maioria das vezes, é visto como símbolo de liderança e porta-voz, enquanto a mulher uma agente condescendente que deve seguir as regras e os comportamentos ditados por ele. Isso pode ser comprovado em diversos aspectos sociais, exemplo disso, é a questão que ocorreu recentemente no  novembro passado, na Câmara de Brasília, onde vários deputados, na maioria homens, votaram a favor da PEC 164 na  Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com 35 votos favoráveis contra 15 opositores, essa PEC em questão pode acabar com os direitos das mulheres de interromperem gravidezes em caso de estupro, anencefalia fetal e risco de morte da gestante, lei essa que já é outorgada no 5º parágrafo da Constituição Federal. Ou seja, são direitos de corpos femininos que podem ser violados por opiniões ideológicas masculinas na esfera política.

Isso reflete em vários outros campos da sociedade, onde a mulher é inferiorizada ou questionada pelos seus atributos apenas por ser quem é, sem contar a grande taxa de feminicídio que o Brasil tem anualmente. Enquanto os políticos em atividade poderiam estar trabalhando em programas de combate à violência contra mulher que acontece em varias camadas sociais, muitos estão simplesmente debatendo sobre a redução dos direitos das mesmas.

Ato 4 – Marcas

“O corpo feminino tem essa história de violência, de Aia […] O corpo fala e expõe conflitos, se dividem em ideologias e preconceitos. Lembrar do corpo afro indígena que tem no Brasil. É preciso lembrar da ancestralidade”.

A partir deste trecho é destacado sobre os corpos que sofreram violência no passado, principalmente em peles indígenas e africanas femininas. Durante esse ato, o documentário nos mostra cenas de corpos negros e de variados pesos. As mulheres, desde os tempos de colonização eram sujeitas a várias barbáries, inclusive o estupro. Elas sempre foram vistas como um corpo apenas de reprodução ou prazer carnal. Até os tempos atuais, é possível perceber essa herança ancestral de preconceito, e analisar como muitas vezes os corpos femininos são objetificados e violados. 

Etnias indígenas, quilombolas e outros grupos de raça negra têm um histórico de exploração muito forte no país, o que acabou perpetuando em várias gerações posteriormente. Além disso, os corpos negros são os que mais sofrem repressão atualmente. Corpos negros femininos são muitas vezes sexualizados e estereotipados pela população e precisamos como cidadãos desmitificar esses estigmas e reconhecer essa violência propagada por nossos antepassados e promover discussões que viabilize essas histórias, para que, de alguma maneira, tenhamos mais consciência sobre a realidade que um corpo negro vive e já viveu no país. Não podemos ter memória curta.

Ato 5 – A expansão

“Não há limites para o corpo. Ser arquiteto da sua identidade. A construção do gênero é binária, uma cultura antiga. Cada um pode estar no lugar onde quer. Transfobia. Esses corpos são invisíveis. A sociedade precisa enxergar o lado deles. Dessa humanidade.”

A narradora expõe aqui sobre a expansão dos corpos tradicionais, sobre a ilimitada possibilidade que os corpos podem ser. Discute sobre como a sociedade desde os primórdios, implementou essa cultura da binariedade e ao mesmo invisibilizou corpos não binários. É o caso do preconceito com todos os grupos LGBTQIA+. Esses corpos sentem na pele todo tipo de discriminação infringido sobre eles, em um instante do documentário é mostrado um caso de violência que aconteceu com um corpo trans na vida real, registrado em vídeo, e não aparecia ninguém prestando assistência; é uma impunidade constante. São indivíduos que possuem inúmeras dificuldades para se inserirem na sociedade e que lutam para ter o mínimo de respeito. Ao longo desse ato, é possível ouvir em um trecho da deputada federal, Erika Hilton, que é travesti e, está sendo porta-voz em um discurso que parece ser em uma tribuna, reafirmando e conscientizando sobre a justiça e liberdade desses corpos trans.

Mesmo com tanta informação, dados científicos, pesquisas, etc., ainda é possível visualizar o quanto a população está longe de legitimar esses corpos. Exemplo disso, são as pesquisas de taxas que revelam que o Brasil é um dos países que mais matam pessoas trans no mundo. É uma luta constante que esses grupos enfrentam para serem reconhecidos e validados.

Acredito que o documentário poderia esclarecer melhor as identidades das personalidades que possuem citações, as quais são ouvidas em paralelo. Não é mostrada nenhuma imagem desses ícones, tampouco legendas para o espectador. Nem todo mundo tem consciência de quem são esses expoentes, como Suely Rolnik que é uma grande escritora e psicanalista, Ailton Krenak, um indígena e ambientalista dos mais respeitados do país, e claro, Erika Hilton, uma política muito eloquente que luta pelos direitos humanos na Câmara dos Deputados. Não há como reconhecer todos apenas por suas vozes. Creio que faltou um didatismo nesse tópico, pois temos interesse em saber quem está falando para podermos associar com a causa.

Em questão da narrativa, em alguns momentos, achei cansativa. Poderia ter um ritmo mais fluído na edição dos atos. A fotografia é muito bem trabalhada. Sobre as representações dos corpos nus, achei muito potente essa liberdade que o documentário buscou e mostra de forma crua e artística a diversidade de todas nossas matérias físicas.

Autor:


Meu chamo Leonardo Veloso, sou formado em Administração, mas tenho paixão pelo cinema, a música e o audiovisual. Amante de filmes coming-of-age e distopias. Nas horas vagas sou tecladista. Me dedico à exploração de novas formas de expressão artística. Espero um dia transformar essa paixão em carreira, sempre buscando me aperfeiçoar em diferentes campos criativos.

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Salão de Baile - Rio de Janeiro's Burning

Salão de Baile | Couro de Rato

Salão de Baile conta a trajetória do movimento Ballroom que nasceu nos Estados Unidos nos anos 1960, e que acabou chegando no Brasil nos anos 2000 (se tornando popular a partir de 2015). O movimento consiste em ser um espaço de liberdade de expressão Queer e LGBTQIA+ para poderem fazer performances de dança entre outras se baseando em artistas da música pop e nas poses e estéticas que se encontravam na Revista Vogue. O filme conta como esse movimento se encontra hoje no Rio de Janeiro. 

A direção em nenhum momento foge de mostrar sua inspiração pelo filme Paris is Burning da Jennie Livingston, lançado em 1990, que conta a mesma narrativa, porém em Nova York. Sem contar, claramente, que Nova York foi o berço do movimento Ballroom e a obra foi executada nos anos 90, onde a homofobia e a descriminação eram muito mais presentes do que os dias atuais. Mas isso seria um problema? Não, até pelo fato de que a direção utiliza tal obra simplesmente como inspiração, mas não a utiliza como uma bengala para o filme funcionar. 

Até porque a obra mostra esse cenário dentro da cidade do Rio de Janeiro, oque já é um ponto que traz muita diferença com a obra estrangeira citada, e o longo tempo de diferença de 40 anos até chegar ao nosso país. A obra mostra a ideia do Ballroom como uma resistência de existência e artística de todo um grupo marginalizado, entrevistando uma por uma das personagens contando suas realidades e como chegaram àquele espaço no qual elas encontravam liberdade. 

O filme também tem um foco na resistência afro no Rio de Janeiro, que vai no quesito estético, até mesmo na movimentação de seu corpo em suas performances. Mesmo o filme apontando os vários tipos de resistências presentes dentro do Ballroom, esses tópicos não colocam de lado a Ballroom que é o foco narrativo proposto. Mas, ao contrário, complementa ainda mais esse tema dentro do cenário carioca. 

A direção utiliza de várias linguagens para ligar a proposta do Ballroom com um espetáculo televisivo dos anos 90. Utilizando elementos estéticos, humor e os depoimentos de cada uma das personagens presentes para contextualizar o movimento e também fazer o espectador imergir para essa realidade tão pouco falada no cotidiano. A direção consegue de forma contundente misturar a explicação do que é o Ballroom, a vida de cada uma das participantes do movimento e o Ballroom que é mostrado durante o filme. Não só as performances chamam bastante a atenção do público, mas o como elas se conectam as suas personagens. 

A obra aponta questões como homofobia e o abandono familiar por conta da sexualidade, mas nunca coloca esses pontos em foco na obra, pois o filme prefere mostrar suas personagens quase como modelos da Vogue, e não transformar a imagem delas como apenas um grupo de vítimas da sociedade. Oque a obra consegue fazer de forma bem sucedida. 

Um dos poucos problemas que se encontra na condução desse filme, é perto da sua conclusão, onde os personagens começam a explicar sobre questões de gênero ao espectador. Isso destoa por completo do que era proposto. Não que falar sobre o tópico seja um problema, é necessário até por conta da conexão intrínseca com a origem do Ballroom, mas acaba sendo meia hora de didática escolar para o espectador. Oque se torna algo decepcionante, pelo fato da obra ser um grande espetáculo em conjunto com as vidas daquelas personagens que estão ali participando. 

É quase como se o filme olhasse para o espectador e o tratasse com pena em não entender alguns pontos ligados ao mundo LGBTQIA+ dentro do Ballroom, isso quebra a ligação do espectador com o espetáculo proposto. Mesmo isso sendo uma grande problemática, não afeta o total da obra, que continua tendo performances marcantes, como também mostra um cenário de expressão que muitos não conhecem, ou fingem não ver.

Salão de Baile consegue elaborar de forma clara oque significa a Ballroom no Rio, e aquelas que fazem parte dela. Tendo uma direção que consegue conectar uma montagem inteligente com o espetáculo filmado e mostrando a expressão daqueles que a todo tempo são marginalizados. Mesmo o filme perdendo sua força em alguns momentos, e não acreditando na capacidade de entendimento de seu espectador, o filme segue sendo uma porta para um lugar onde algumas pessoas conseguem encontrar liberdade finalmente. 

TEXTO DE ADRIANO JABBOUR.

Telefone Preto 2 - Do Suspense Psicológico para a Hora do Pesadelo

Telefone Preto 2 | Universal Pictures Pesadelos assombram Gwen, de 15 anos, enquanto ela recebe chamadas do telefone preto e tem visões pert...