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segunda-feira, 5 de maio de 2025

THUNDERBOLTS* - Quando "Heróis" Também Precisam de Terapia

THUNDERBOLTS | Disney


THUNDERBOLTS* é um grupo de anti-heróis – formado por Yelena Belova, Soldado Invernal, Agente Americano, Guardião Vermelho, Treinadora e a Fantasma. A Marvel Studios e uma equipe de veteranos independentes que se venderam apresentam uma equipe irreverente composta pela assassina deprimida Yelena Belova (Florence Pugh) e o grupo de desajustados menos aguardado do Universo Cinematográfico Marvel.

A premissa lembra inevitavelmente O Esquadrão Suicida, especialmente a versão de 2021 dirigida por James Gunn. Ambas as obras trazem personagens considerados vilões ou anti-heróis, reunidos pelo governo para executar missões secretas, perigosas e eticamente duvidosas — tarefas que os heróis convencionais jamais aceitariam. Assim como no filme da DC, Thunderbolts investe na ideia de redenção e no questionamento sobre o que realmente define alguém como herói ou vilão. E, novamente, vemos o conceito de usar “peças quebradas” para realizar o trabalho sujo.

Entre os personagens, John Walker (Agente Americano) continua com a mesma arrogância e impulsividade já mostradas na série Falcão e o Soldado Invernal. Ainda tentando se provar digno do legado do Capitão América, ele se impõe de maneira agressiva e autoritária, o que gera constantes atritos dentro da equipe — e certa antipatia por parte do público. Em contraste, Bob, inicialmente visto como um mero alívio cômico nos trailers e pôsteres, surpreende com uma construção mais emocional e humana. Desajeitado e deslocado entre figuras mais duronas, ele acaba se revelando um dos personagens mais cativantes da narrativa.

A relação entre Bob e Yelena é, talvez, um dos pontos mais sensíveis do filme. Enquanto os demais membros vivem em tensão constante, os dois desenvolvem um laço baseado na escuta, no respeito e na empatia. Essa amizade inesperada adiciona camadas de humanidade à história, oferecendo momentos de leveza e emoção que contrastam com a intensidade e o peso emocional do resto da trama.

Aliás, a doença mental é um elemento central em Thunderbolts*. Cada personagem carrega cicatrizes — físicas, emocionais ou morais — que os unem em silêncio. A ausência dos Vingadores é sentida como uma sombra constante, reforçando o clima de incerteza, esgotamento e desesperança. O filme surpreende ao colocar temas como depressão, trauma e vazio existencial no centro da narrativa, tratando a saúde mental não como um detalhe periférico, mas como parte essencial da jornada dos personagens.

No entanto, nem todos os membros da equipe recebem o mesmo cuidado narrativo. O Guardião Vermelho, apesar de entregar alguns momentos cômicos, acaba reduzido a esse papel, com pouca profundidade emocional ou relevância na trama. Já a Fantasma, com um passado marcado por sofrimento e habilidades únicas, surge com potencial, mas permanece subutilizada, deixando a sensação de que poderia ter contribuído muito mais.

Thunderbolts* Mesmo com esses desequilíbrios, se destaca por sua abordagem mais sombria e emocional dentro do universo Marvel. Ao invés de focar em grandes batalhas ou ameaças intergalácticas, o filme aposta em conflitos internos, relações humanas e a complexidade dos que vivem à margem do heroísmo. É uma história sobre falhas, sobre tentar fazer o certo mesmo sem ter certeza do que isso significa — e, sobretudo, sobre encontrar humanidade em meio ao caos.

Autor:


Meu nome é João Pedro, sou estudante de Cinema e Audiovisual, ator em formação e crítico cinematográfico. Apaixonado pela sétima arte e pela cultura nerd, dedico meu tempo a explorar e analisar as nuances do cinema e do entretenimento.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Capitão América: Admirável Mundo Novo - Sam Wilson Enfrenta Vilões, Efeitos Especiais e o Legado

Capitão América: Admirável Mundo Novo | Disney


Sam se encontra no meio de um incidente internacional após se encontrar com o presidente Thaddeus Ross. Ele deve descobrir logo a razão por trás de uma conspiração global nefasta antes que o verdadeiro mentor faça o mundo inteiro ficar vermelho.

Para mim, a trilogia do Capitão América, protagonizada por Steve Rogers, é a melhor da Marvel Studios. Desculpem, Guardiões da Galáxia, mas essa honra pertence à saga do Capitão. Eu estava com receio em relação ao quarto filme da franquia, especialmente porque os três anteriores são um exemplo clássico do meme do 'cavalo bem desenhado'. No entanto, neste caso, o cavalo não está bem desenhado. Se eu fosse usar o meme, diria que é apenas um esboço de cavalo. No entanto, ao assistir a este novo capítulo, posso dizer que o cavalo não segue bem desenhado. Se eu fosse usar o meme, diria que é apenas um esboço de cavalo, com boas intenções, mas sem a mesma estrutura sólida que fez os filmes anteriores tão marcantes. 

O filme é extremamente divertido, com cenas de luta impressionantes que capturam a essência da ação da Marvel. Ao evitar o uso de magia ou explosões de laser, as batalhas se destacam pela coreografia detalhada e uma abordagem mais realista, entregando exatamente o que a Marvel faz de melhor: ação de qualidade, repleta de momentos intensos e emocionantes. As lutas são ágeis, bem coreografadas e trazem uma energia única para as telas. No entanto, os efeitos visuais ficam aquém das expectativas, especialmente para um estúdio com o histórico da Marvel. Um exemplo disso, sem entrar em detalhes, é uma cena na reta final que foi alterada de última hora após uma recepção negativa nas sessões de teste. O cenário, feito às pressas, é claramente visível como um trabalho de tela verde, lembrando os ambientes de videogame mais antigos, como os do Playstation 2.

Sam Wilson não é uma réplica de Steve Rogers, e isso é o que torna seu papel como Capitão América ainda mais interessante. Neste filme, ele se distancia do legado de Steve, trazendo uma versão mais humana do herói, com emoções universais e dilemas que refletem sua própria identidade e jornada. Suas palavras e atitudes carregam um peso emocional que o torna mais acessível e real para o público. Além disso, Sam assume um novo e importante papel como símbolo de representatividade no time de heróis, quebrando barreiras ao ser o primeiro Capitão América negro nas telonas. Sua presença vai além da luta contra o mal; ele se torna um reflexo de novos tempos, representando questões sociais e a luta por igualdade. A narrativa não apenas explora sua transformação em herói, mas também a responsabilidade que vem com essa mudança de identidade, enquanto ele busca equilibrar sua própria história com o legado de Steve Rogers.


Harrison Ford foi uma escolha excelente para o elenco, trazendo uma nova profundidade ao personagem Thaddeus Ross. Sua interpretação revelou uma faceta mais humana e vulnerável do personagem, algo que não havia sido explorado de forma tão explícita nas versões anteriores. Ao mesmo tempo, Ford conseguiu manter o vigor e a intensidade que sempre caracterizaram Ross, dando-lhe o ímpeto de ação e o potencial para gerar repulsa, características que os fãs já associavam a ele. A habilidade de Ford em equilibrar essas nuances – a fragilidade e a ferocidade – trouxe uma dimensão única à narrativa, fazendo com que Ross fosse tanto mais compreensível quanto mais ameaçador. 


A introdução do Hulk Vermelho no filme foi um grande destaque, com o CGI sendo de alta qualidade. A transformação de Thaddeus Ross foi bem-executada, com texturas realistas e movimentos poderosos. A aparência do personagem, com seus músculos e pele vermelha, transmitiu força e agressividade, mantendo a credibilidade visual e a essência ameaçadora do Hulk. A animação também conseguiu capturar a intensidade e emoção do personagem.


Capitão América: Admirável Mundo Novo, apesar de algumas falhas nos efeitos visuais e da pressão do legado de filmes anteriores, traz uma jornada poderosa de Sam Wilson como o novo Capitão América. O filme adiciona uma camada de complexidade e representatividade que ressoa profundamente com o público, apresentando um herói mais humano e profundamente conectado às questões sociais. Embora apresente algumas imperfeições, a obra consegue preservar a essência da Marvel, oferecendo ação intensa, momentos emocionantes e uma narrativa corajosa que avança para um futuro repleto de novos desafios.

Autor:


Meu nome é João Pedro, sou estudante de Cinema e Audiovisual, ator em formação e crítico cinematográfico. Apaixonado pela sétima arte e pela cultura nerd, dedico meu tempo a explorar e analisar as nuances do cinema e do entretenimento.

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