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Capitão América: Admirável Mundo Novo | Disney |
Sam se encontra no meio de um incidente internacional após se encontrar com o presidente Thaddeus Ross. Ele deve descobrir logo a razão por trás de uma conspiração global nefasta antes que o verdadeiro mentor faça o mundo inteiro ficar vermelho.
Para mim, a trilogia do Capitão América, protagonizada por Steve Rogers, é a melhor da Marvel Studios. Desculpem, Guardiões da Galáxia, mas essa honra pertence à saga do Capitão. Eu estava com receio em relação ao quarto filme da franquia, especialmente porque os três anteriores são um exemplo clássico do meme do 'cavalo bem desenhado'. No entanto, neste caso, o cavalo não está bem desenhado. Se eu fosse usar o meme, diria que é apenas um esboço de cavalo. No entanto, ao assistir a este novo capítulo, posso dizer que o cavalo não segue bem desenhado. Se eu fosse usar o meme, diria que é apenas um esboço de cavalo, com boas intenções, mas sem a mesma estrutura sólida que fez os filmes anteriores tão marcantes.
O filme é extremamente divertido, com cenas de luta impressionantes que capturam a essência da ação da Marvel. Ao evitar o uso de magia ou explosões de laser, as batalhas se destacam pela coreografia detalhada e uma abordagem mais realista, entregando exatamente o que a Marvel faz de melhor: ação de qualidade, repleta de momentos intensos e emocionantes. As lutas são ágeis, bem coreografadas e trazem uma energia única para as telas. No entanto, os efeitos visuais ficam aquém das expectativas, especialmente para um estúdio com o histórico da Marvel. Um exemplo disso, sem entrar em detalhes, é uma cena na reta final que foi alterada de última hora após uma recepção negativa nas sessões de teste. O cenário, feito às pressas, é claramente visível como um trabalho de tela verde, lembrando os ambientes de videogame mais antigos, como os do Playstation 2.
Sam Wilson não é uma réplica de Steve Rogers, e isso é o que torna seu papel como Capitão América ainda mais interessante. Neste filme, ele se distancia do legado de Steve, trazendo uma versão mais humana do herói, com emoções universais e dilemas que refletem sua própria identidade e jornada. Suas palavras e atitudes carregam um peso emocional que o torna mais acessível e real para o público. Além disso, Sam assume um novo e importante papel como símbolo de representatividade no time de heróis, quebrando barreiras ao ser o primeiro Capitão América negro nas telonas. Sua presença vai além da luta contra o mal; ele se torna um reflexo de novos tempos, representando questões sociais e a luta por igualdade. A narrativa não apenas explora sua transformação em herói, mas também a responsabilidade que vem com essa mudança de identidade, enquanto ele busca equilibrar sua própria história com o legado de Steve Rogers.
Harrison Ford foi uma escolha excelente para o elenco, trazendo uma nova profundidade ao personagem Thaddeus Ross. Sua interpretação revelou uma faceta mais humana e vulnerável do personagem, algo que não havia sido explorado de forma tão explícita nas versões anteriores. Ao mesmo tempo, Ford conseguiu manter o vigor e a intensidade que sempre caracterizaram Ross, dando-lhe o ímpeto de ação e o potencial para gerar repulsa, características que os fãs já associavam a ele. A habilidade de Ford em equilibrar essas nuances – a fragilidade e a ferocidade – trouxe uma dimensão única à narrativa, fazendo com que Ross fosse tanto mais compreensível quanto mais ameaçador.
A introdução do Hulk Vermelho no filme foi um grande destaque, com o CGI sendo de alta qualidade. A transformação de Thaddeus Ross foi bem-executada, com texturas realistas e movimentos poderosos. A aparência do personagem, com seus músculos e pele vermelha, transmitiu força e agressividade, mantendo a credibilidade visual e a essência ameaçadora do Hulk. A animação também conseguiu capturar a intensidade e emoção do personagem.
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